quinta-feira, 29 de maio de 2008

O mundo será só delas!

Estava lendo a Folha nesta terça e uma matéria chamou a minha atenção: Justiça obriga noivo que desistiu do casamento a indenizar ex-noiva no RN.
De acordo com a matéria, detalhe que foi contestado posteriormente, o motivo do rompimento do noivado seria a dúvida à respeito da virgindade da noiva que, assim como a velhinha dos nossos posts anteriores, comprovou que nunca havia mantido relações sexuais.

A mulher de Ceará-Mirim, localizada a 33 km de Natal, conseguiu indenização de R$ 8.055 do ex-noivo pelo rompimento do relacionamento apenas um mês mês antes do "sim". A noiva, como não é bobinha e já tinha ficado à deriva, ainda quer mais R$ 58.055,15 por danos morais.
Se o rompimento de um noivado já parece absurdo, o que dizer então da anulação de um casamento?

Saiu hoje no site da Euronews que a Justiça anulou um casamento porque noiva mentiu sobre virgindade. Nesta matéria, a dúvida da ausência da castidade realmente foi comprovada, o que levou a anulação do casamento. Eles justificaram, dizendo que o motivo era a mentira, e não necessariamente ser ou não virgem...mas cá prá nós, sabemos que não é bem assim.

Quanto mais leio essas matérias, mas vejo que o futuro às virgens pertecem. Pena saber que as pouquissímas mulheres que desfrutarão desse futuro, serão nossas pequenas crianças, até uma certa idade, lógico.



segunda-feira, 19 de maio de 2008

Questão de Honra!

Num post anterior de Jubs, a tensão entre o que é promiscuidade ou liberdade quando o assunto é sexo demonstra o quanto ainda há de tabu nisso. O que atualmente para as jovens parece ser conservadorismo é até questão de honra para mulheres de outra geração.

O jornal 24 Horas News, do Mato Grosso, publicou na semana anterior notícia sobre uma idosa romena que fez o teste de virgindade para dar fim aos boatos espalhados pelos moradores de sua cidade sobre os homens que a visitavam todos os dias. A história pode parecer engraçada, e no portal de notícias europeu onde foi originalmente publicada esse ponto é mais enfatizado, mas exemplifica bem o quanto a questão é delicada.

Os dois extremos, a reação da romena e os rumores motivados pelas visitas masculinas à ela, têm a mesma origem: as cobranças e os tabus que ainda cercam o comportamento feminino.

sábado, 10 de maio de 2008

Ser mãe???


Com certeza uma dúvida que cresce entre as mulheres. No mês das mães e, vale lembrar, das noivas, a exaltação do papel de mãe e esposa pode resultar numa cobrança implícita para as mais jovens. Ser a neta ou filha mais velha nessa época implica para algumas ter que ouvir que o tempo está passando e que o neto ou neta já é mais do que bem-vindo (em suma, comece a trabalhar!).


Segundo o IBGE, quase 30% das jovens entre 15 e 24 anos são casadas e mães. Evasão da escola e dificuldade para obtenção de emprego são algumas das consequências de ter filhos nessa faixa etária. É o reconhecimento disso que torna atualmente a idéia até temerosa para o sexo feminino. No calendário que toda mulher faz mentalmente, nem que seja de brincadeira, a maternidade divide espaço com a formação acadêmica, independência financeira e com as conquistas profissionais. E por mais que as expectativas familiares em torno do crescimento da prole continuem, é cada vez mais comum mães que incentivam e até exigem a espera das filhas quando o assunto é maternidade.


Troca de prioridades é a expressão que melhor define essa mudança. Dados do Ministério da Educação demonstram que o número de mulheres nos cursos de graduação é quase 13% superior ao dos homens. Não há substituição nem desvalorização do papel materno, mas o reconhecimento de que isso não é o suficiente.

A valorização do trabalho para o sexo feminino foi o tema da matéria Dupla Jornada da série Mulher de Hoje do Jornal Hoje. Dados e entrevistas sobre a presença da mulher no mercado de trabalho são alguns dos pontos abordados.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Promiscuidade ou livre arbítrio?


Semana passada estava ouvindo a Band News FM enquanto ia para o trabalho e uma discussão me chamou atenção. O programa Dentro do Espelho, da colunista Inês de Castro , abordava o tema ter ou não relação sexual no primeiro encontro. O debate teve início graças a uma peça que está em cartaz em São Paulo - Os Homens São de Marte...E É pra Lá que Eu Vou.

A peça é um monólogo de uma jornalista na faixa dos 30 anos que sofre com o fato de ser solteira. O medo de “ficar para titia” é imenso. O sucesso se dá na interação e identificação com o público presente. Muito engraçada e realista é também a forma como é mostrada a dualidade entre os sexos. Em um dos primeiros atos da peça a personagem diz que não se pode transar no primeiro dia, pois isto é coisa de vagabunda. Esta idéia de "mulher fácil" é também formada pela cultura popular.

Inês de Castro e Monica Martelli:
BAND NEWS FM - Abertura, atriz e email


Para ela, cada casa é um caso, mas se não rolar na primeira noite é até mais interessante pois dá a oportunidade ao homem de conhecer melhor a mulher, para além do sexo. Rolou até, no ar, o e-mail de um ouvinte que diz ser um absurdo que as mulheres imitem essa péssima característica masculina e que isso é coisa de mulheres melancia e samambaias.

Entre comentários de especialistas, as opiniões são interessantes. Entre constragimentos ou liberdades, ambos os sexos devem possuir o direito de ter controle sobre o próprio corpo. Ressalvam, porém, que deve se pensar acerca de em que condições essa primeira relação acontece.

Coordenadora do Prosex:
Carmita Abdo - Comentário


Professor e psicólogo Charles Rojtenberg, presidente do Ibrase - Instituto Brasileiro de Sexologia
Charles Rojtenberg - Opinião Dr. Charles


Como o programa é grande, seria cansativo demais colocalo na íntegra. Ressalvo que ao ouvi-lo me lembrei dos vários conflitos que o assunto sexo gera na minha família. Temas como "primeira vez", "sexualidade", "masturbação", "galinhagem" têm sentidos completamente diferentes quando falamos de homens e mulheres. Na minha opinião, homens e mulheres têm direitos iguais. Ambos devem ter livre arbítrio para fazer das suas vidas o que bem quiser. Existe, é claro, a questão do bom senso que vale logicamente para ambos os sexos.

Responda a nossa enquete e dê a sua opinião - Ter relações no primeiro encontro é....

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dica de livro


Pra quem gostou do tema do post sobre mulheres assassinas, dica de um livro bem legal: Grito de Misericórdia (tem na biblioteca João Fernandes da Cunha). Na história do autor David L. Lindsey, várias mulheres da classe média alta são assassinadas de forma brutal. Ainda que estejam amarradas no momento dos crimes, todas as vítimas parecem ter se encontrado com o assassino voluntariamente. Vou parar por aqui porque o que interessa é que, durante a investigação, a detetive que acompanha o caso defende a idéia de que uma mulher seja a autora dos crimes. É bom acompanhar os argumentos da policial e os motivos de resistência à idéia do investigador do FBI experiente em crimes do tipo.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Assassinas!



É, ninguém pode dizer que as mulheres não fazem tudo bem feito. Tudo mesmo. Ainda que representem apenas (felizmente?) 11% dos assassinos serial killers e sejam menos violentas que os homens, as mulheres geralmente são mais meticulosas ao colocar seus planos em prática. De acordo com a entrevista da especialista em crimes em série Ilana Casoy (veja biografia e muito mais no site), a sutileza feminina costuma dificultar a solução de crimes praticados por mulheres. Menos impulsionado pela raiva, o sexo feminino planeja melhor os crimes que pratica.

Eu acrescento ainda que além da maior "eficácia" na hora de matar, as mulheres contam com a ajuda da subestimação masculina. Imaginar que o sexo delicado pode matar e de forma cruel ainda é difícil pra muita gente. Pra quem quiser ir se acostumando com a idéia, a Mundo Estranho publicou uma reportagem sobre as 10 maiores assassinas do planeta. Há também um vídeo no site. Ponto comum na maioria dos crimes: o grande período de atuação das criminosas oriundo da demora na prisão, mesmo quado suas vidas eram marcadas por mortes estranhas.

domingo, 13 de abril de 2008

Entenda a mulher!!!

Esta série foi feita pelo Jornal Hoje em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Esse episódio que foi o último é bem interessante pois traz assuntos do Universo Feminino que o homem não compreende! Fica a dica!
:P

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Bronzeador caseiro III

Almejar uma "marquinha" perfeita de sol é algo que têm levado várias mulheres a um caminho perigoso. Ao pesquisar casos parecidos com o da estudante baiana Fabiana Pissolato, encontramos ocorrências parecidíssimas, nas quais pacientes foram internados também por queimadura causada pelo mesmo produto que Fabiana utilizou: Chá de folha de figo.

No Rio de Janeiro, no verão de 2006, o Portal do Consumidor apontou que no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital do Andaraí, referência nacional na especialidade, o número de pessoas atendidas diariamente vítimas de queimaduras por bronzeadores caseiros (como o chá de folhas de figueira) dobrava a cada mês. Haviam sido atendidas 34 pessoas na emergência com queimaduras de primeiro e segundo graus. As marcas costumam aparecer 48 horas após a exposição solar pois é quando o chá da folha de figo age. Segundo o cirurgião Luiz Macieira, chefe do CTQ, o número aumentou principalmente nos últimos dias de verão, quando os níveis de radiação ultravioleta ultrapassaram o índice de 11, considerado extremo.
Leia mais: O sol que estraga a praia

Nesse ano os números foram bem mairores. O site O DIA Online, em sua editoria Ciência e Saúde apontou que desde o início do verão, em 21 de dezembro até a data da matéria (04/02), o CTQ do Hospital do Andaraí já havia atendido 90 casos de vítimas de queimaduras de primeiro e segundo graus. Os casos têm início na primavera e aumentam assustadoramente no verão.
Leia mais: Bronzeador caseiro pode causar desde coceira e irritação até queimadura

As queimaduras são comuns pois a substância presente no chá da folha de figo potencializa a radiação. Ao pesquisar em alguns fóruns encontramos também receitas do brozeador, alguns misturados até com sumo de limão. O Hospital de Andaraí deve ter se despedido do verão sem muitas saudades.

domingo, 30 de março de 2008

Bronzeador caseiro II

O uso de bronzeador caseiro foi sugestão de amigas. Fabiana Pissolato, estudante que ficou 14 dias internada com queimaduras de 2º grau, se bronzeou em casa durante cerca de 30 minutos. A atividade é rotineira, mas dois dias depois, bolhas surgiram por todo o corpo.

A jovem de 25 anos utilizou chá de folha de figo para se bronzear mais rápido. Foi a primeira vez que o produto foi usado. Fabiana foi liberada do Hospital do Oeste em Barreiras (BA) no dia 20/03, mas deve permanecer 1 mês em casa para prevenir marcas e manchas.

Efeitos imprevisíveis

O óleo da folha de figo é um bronzeador rápido e barato, propriedades que funcionam como atrativos poderosos. A figueira é encontrada facilmente, na via pública mesmo, e sua aplicação é feita em conjunto com um óleo para a pele. A princípio nenhuma alteração mais grave é notada, os sinais costumam aparecer 48 horas após o uso.

É a substância psoraleno encontrada na folha de figo, a responsável pelas lesões. Ela potencializa os efeitos da radiação ultravioleta. Sua capacidade de estimular a pigmentação é usada em tratamento de doenças como vitiligo, mesmo assim com pouco tempo de exposição solar.

Veja a reportagem do Bahia Meio-Dia sobre o caso e entrevista com a estudante

quarta-feira, 26 de março de 2008

Bronzeador caseiro causa queimaduras

A jovem Fabiana Pissolatto sofreu queimaduras de 2º grau causadas pelo uso de bronzeador caseiro feito com chá de folha de figo. A estudante ficou 14 dias internada no Hospital do Oeste na cidade de Barreiras (BA).

Dove Evolution

Onde está a beleza verdadeira?
Até que ponto isso é editado ou não?


Campanha "Real Beauty", da Dove:

domingo, 23 de março de 2008

Bagunça, chocolate e rua!

Assim foi o feriadão das blogueiras que aqui vos falam. Entre um bis e outro vi umas coisinhas legais e resolvi mostrar a vocês: A primeira foi a revista virtual de fotografia Ideafixa citada por nossa amiga e companheira da bagunça do feriadão - Juli (cujo apelido recente eu não posso comentar, apesar de se encaixar como uma luva), onde artistas homens estão vestidos de noivas...muito bom.

O fotográfo, Jorge Bispo, traz outros ensaios muito interessantes em sua página pessoal. Logo na capa está Lázaro Ramos, num vestido bonito mas um tanto quanto clássico...rsrs. Para acessar mais facilmente este ensaio, click na aba "índice" e vá até o fotógrafo Jorge Bispo.

A outra coisa que vi foi o anúncio de uma peça que está em cartaz em Curitiba, e que foi resenhada pela Folha Ilustrada - "Amélia - Mulher Mata Marido a Martelada". Fico pensando...quantas "amélias" não já devem ter sentido a mesma vontade...se eu, que não sou nem um pouco amélia, tenho vontade as vezes de dar uns bons cascudos em homens chatinhos, imagina uma mulher que vive na repressão...alguém aí quer me ceder uma viagem à Curitiba? :P
É...depois deste feriadão cansativo, dar mais umas boas risadas seria muito bom!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Cuidado com meu coração!



Não, este não é um texto sobre os insondáveis recantos do coração feminino (ave!), pelo menos não no sentido que todos imaginam. O coração da mulher tem sim seus segredos e alguns deles merecem atenção especial. Segundo o Ministério da Saúde, as doenças do aparelho circulatório representam cerca de 35% dos óbitos femininos. Ainda que sejam as principais causas de mortes entre as mulheres, as doenças cardiovasculares continuam cercadas do mito de gênero, ou seja, que são “doenças de homens”.

Falar em mortalidade feminina é muitas vezes o mesmo que falar em mortalidade materna ou violência contra a mulher. São dados que não podem ser ignorados, mas a falta de atenção com os números citados acima é preocupante. As mulheres costumam se prevenir contra câncer e doenças sexualmente transmissíveis, mas exames cardíacos não fazem parte da rotina. No site Atmosfera Feminina há uma lista de exames importantes para as mulheres.

Para nós é diferente

A mulher costuma apresentar sintomas atípicos. Ao invés de forte dor no peito e falta de ar, comum no sexo masculino, as mulheres sentem dor de estômago e indisposição. O problema também se manifesta mais tarde, geralmente a partir dos 55 anos, mais ou menos 10 anos após os homens.

Mesmo com taxas de incidência de doenças cardiovasculares maiores do que as masculinas, a preocupação com essa área da saúde da mulher é recente.

Entrevista

A incidência de doenças cardiovasculares em mulheres é o assunto da entrevista cedida pelo médico e professor da USP Otávio Celso Eluf Gebara para o Pod Ter Saúde*. Fatores causais, diferenças entre os gêneros e formas de prevenção são alguns dos assuntos abordados.

*No portal são disponibilizadas outras entrevistas com médicos e pesquisadores sobre temas variados, sempre em podcasts.

quarta-feira, 12 de março de 2008

“O feminismo não é mais aquele”

É costumeiro ouvir a expressão “não é mais aquele” quando algo se modifica a ponto de não reconhecemos mais como era antigamente. Ela me veio à mente hoje, ao ler uma entrevista no portal G1 sobre o Dia Internacional da Mulher. Na entrevista, a professora da USP Maria Elisa Cevasco fala um pouco acerca de suas impressões sobre esse “quase coroa” que é o movimento feminista, 40 anos depois da queima dos sutiãs.

Para a professora “O feminismo só seria possível em uma outra sociedade, regida por valores humanos e não mercadológicos”, difícil saber onde isso realmente aconteceria, (se alguém descobrir me conta que eu quero conhecer), sabe como é...passar da adolescência acaba um pouco com nossas utopias. Em minha opinião...o feminismo se perdeu pelo exagero. As mulheres quiseram muito ser iguais aos homens, só que nesta busca por ser igual elas resolveram trazer pra si não somente as coisas boas, como tudo o que havia de pior, ou seja, virou um machismo-fêmea. Mulheres se orgulham de proferir palavrões que envergonharia até os seres mais liberais, são muito mais grosseiras e mal-educadas e costumam ser preconceituosas consigo mesmas...é só ver uma mulher ao volante, por exemplo, que já insinua que a outra não dirige bem, opinião da maioria dos homens.

Por mais que nos pareça que o feminismo não consiga mais chegar a lugar nenhum, pois não são mais tão visíveis as imensas disparidades que existiam a 30-40 anos atrás, eu já acho que muito de bom foi alcançado. A diferença salarial não é mais tão absurda, vemos cada vez mais mulheres ocupando espaços e empregos que eram culturalmente masculinos, mulheres chefiando famílias, mulheres que conseguem ser “maravilhas” - fazendo tudo o que os homens fazem sem perder o controle da situação e ainda assim mantendo o sorriso e retocando o batom. Estaria sendo estúpida e alienada se dissesse que não há mais preconceito ou que o machismo já morreu, até porque estou cansada de ouvir que meu irmão que é machinho pode fazer tal coisa...e eu não posso porque sou mocinha (ihg – odeio isso!).

Eu não vou mais me prolongar, acho que falei muita coisa e no fim não falei quase nada...só vou deixar um trecho da lei Maria da Penha - Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. É bom lembrar dela e da importância que ela tem numa sociedade culturalmente machista. Não é necessário nem se esforçar muito para ver estes traços, basta observar os próprios comentários redigidos pelos leitores da entrevista citada para ter uma vaga idéia de como mesmo as mulheres são preconceituosas. Esta lei foi um grande passo para nós, mas pela própria forma como ela é descrita, é possível ter uma idéia de em que ponto estávamos:

“Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”

Eu não sabia que era ser humano, juro!

sexta-feira, 7 de março de 2008

VIVA!!!



Oba, oba, é Dia Internacional da Mulher!!! O que
colocar num blog de e sobre mulheres num dia tão
importante? Vejamos... poderíamos falar sobre as inúmeras
conquistas femininas ou sobre o quanto ainda precisamos
conquistar ou ainda fazer uma homenagem à mulheres que
até hoje são exemplos... bom,tudo isso pode ser lido em
vários outros blogs e sites, alguns deles indicados no
quadro ao lado. O fato é que ainda que o dia 8 de março
esteja agendado na maioria dos meios de comunicação,
vide o boom de matérias especiais na época, o dia
Internacional da Mulher passa “batido” pela maioria
das pessoas comuns.

Ai daquela que ficar esperando parabéns ou um "hoje é
seu dia!!" de conhecidos, amigos ou agregados.
Presentes então, melhor nem comentar. Mas mesmo que
isso se repita todo ano, mulher alguma deixa de
aguardar algum sinal de que será lembrada. Em nome
dessas mulheres, eu inclusive, seguem algumas dicas de
como, de forma rápida e barata, o sexo masculino pode
tornar o nosso dia mais alegre:

1 - Vou começar pelo mais fácil: Mande um e-mail com
parabéns para as mulheres que vocês conhecem, de
preferência com conteúdo pessoal e realmente escrito
mesmo por quem envia. Tá... pode ser encaminhado, até
nem lido com muita atenção pelos remetentes, mas é bom
receber e-mails de parabéns do sexo oposto, só pra
variar.

2 - Atenção, ligadores! Para as mulheres mais próximas,
não custa nada ligar e desejar um bom dia. Vai ser de
graça mesmo. Sms também vale.

3 - É, eu achei que não fosse necessário, mas só pra
garantir, quem divide a casa com mulheres, favor dar
os parabéns assim que acordar. Nada pior do que a data
ser ignorada dentro de nossa casa.

4 - Por fim, para aqueles que querem realmente
agradar, um presente sempre cai bem. E não, não precisa
ser o presente dos nossos sonhos, basta uma rosa ou
algo parecido. É barato, pode até parecer brega, mas
mulher nenhuma resiste.

domingo, 2 de março de 2008

To Bleed or not to Bleed, That’s the Question

“Virou mocinha!!!”. Parecia que seria realmente empolgante virar mulher, até começar a sentir os efeitos colaterais dessa grande dádiva que é poder gerar um bebê no seu próprio ser. Cólicas que me deixam de cama, dores de cabeça com fluxos irregulares, corpo inchado e dolorido em algumas zonas do corpo... enfim...várias alterações que me traziam (e ainda trazem) muitas dúvidas quanto a querer continuar passando por isso ou não.

Como é de praxe, existe muita troca de comentários e opiniões sobre este assunto que é tão natural entre as mulheres. Lembro de uma colega, por exemplo, cujo pai era médico e insistia que a cólica era uma disfunção do organismo que em hipótese alguma deveríamos aceitar, tínhamos que tomar logo algum medicamento pra evitá-la de qualquer jeito. Minha irmã, enfermeira formada, também diz que não veio ao mundo para sofrer e que ao menor sinal de dor já toma algo que a faça passar no menor espaço de tempo.

Há menos de um mês atrás, minha mãe trouxe uma revista de Vilas do Atlântico para ler - Vilas Magazine - uma publicação local que trazia como entrevistado Elsimar Coutinho, que é dito como o ginecologista que decretou o fim da menstruação com remédios, trazendo como título “Uma Bandeira Polêmica”. Nela, o médico conta sua trajetória e como após 40 anos de estudos científicos tem colhido os louros de suas teses e tratamentos através do não-sangramento. Fala também que antigamente os médicos pensavam que as mulheres ficavam mais tranqüilas quando menstruavam, provavelmente porque aliviava o nervosismo. A partir dessa época, a “sangria” tornou-se um ato comum entre os médicos, cortar uma veia para que através do sangramento fosse possível tirar a doença de dentro da pessoa.

Lembro-me de ouvir, ainda durante outras conversas femininas, depoimentos de mulheres que tomavam cartelas de anticoncepcionais sem o espaço de tempo para menstruar e de como essa prática era vista como absurda, pois parecia que a mulher estava acumulando dentro dela hormônios e mais hormônios sem dar um tempo para o corpo “descansar”.

A dúvida até hoje permanece, ao menos para mim. Já ouvi médicos que são a favor dos métodos do Dr. Elsimar Coutinho, assim como já ouvi depoimentos de seus opositores. Juro achar engraçado, após ler a entrevista e comentar com uma amiga, ver a cara de assustada dela ao dizer: - “Amiga, você está pensando em não menstruar mais?”, como se eu tivesse dito que fosse abandonar a faculdade ou fugir de casa... (risos). Tamanha dúvida existencial nos permite parafrasear Shakespeare junto com o título do artigo do Dr Elsimar: “To Bleed or not to Bleed, That’s the Question”.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Rudá – O parto!


O nome que custou a sair! Queríamos uma mulher que nos incitasse a produzir um bom conteúdo, que fosse moderna, inteligente e feminina. Vários nomes foram cogitados antes de Pagu, mas assim que este apelido de peso nos surgiu à mente os outros foram esquecidos e ficamos com àquela sensação de “como não pensei nisso antes?” Aí veio uma segunda dúvida: O quê, precisamente? Herança, notas, lições... o título nos trouxe mais dificuldade do que a dúvida de quem seria sua musa inspiradora.

Patrícia Galvão, jornalista, revolucionária política e vanguardista de 22, possui uma trajetória que nos inspira e motiva. Seu legado, fazer da escrita a ferramenta para expor suas idéias, é o ingrediente que alimentará o blog e os assuntos que serão tratados aqui.